Inefável

Uma co-produção Portugal–Colômbia
Na Quinta da Regaleira
Uma família está reunida na sala de estar da sua casa. Lá fora, um estranho observa. O pai tenta recordar o que viveu, o que sentiu, o que conversou com a esposa e o filho. O telefone toca. Uma carta chega: são sinais, de alguém, ou de algo, que os ameaça. O pai desaparece, mas antes despede-se. Sabe que não regressará. A mãe e o filho exilam-se num lugar estranho, onde encontram vestígios do pai, mas cada nova pista apenas aprofunda a incerteza. Revela-se a armadilha, a lógica perversa de quem perpetra o terror, a fragilidade de uma família que já não sabe se é vítima ou testemunha, se está prestes a desaparecer ou se apenas vive na memória dos que já desapareceram.
“Inefável” é uma encenação íntima e intensa, entre o teatro e o cinema.
O projeto surge num tempo de instabilidade política e ascensão inquietante da extrema-direita na Europa, ressoando como um espectro das antigas ditaduras. O projeto propõe uma dramaturgia fragmentada, onde a lógica dos sonhos subverte a narrativa convencional e expõe as fissuras da realidade. Entre o real e o simbólico, evocamos o inconsciente como território de resistência e memória.
Bilhetes à venda: Bilheteira da Quinta da Regaleira, ticketline.sapo.pt e nos postos de venda Ticketline
Duração: 50 minutos aprox.
Recomendado a M/18
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FICHA TÉCNICA
Elenco: Adérito Lopes (Portugal), Carla Madeira (Portugal) e Diana Sousa Lara (Portugal)
Produção: Ines Von Bonhorst (Portugal) e Diego Fernando Montoya (Colômbia)
Dramaturgia e Direção: Diego Fernando Montoya (Colômbia)
Realização e Produção Audiovisual: Ines Von Bonhorst (Portugal) e Yuri Pirondi (Itália–Portugal)
Composição Musical e Desenho de Som: Juan Jacobo Restrepo (Colômbia)
PRODUÇÃO E APOIOS
Uma co-produção entre The Makkina (Portugal) e Pasionaria Teatro (Colômbia)
Com o apoio de: IBERCENA, DGARTES, FUNDAÇÃO LAPA DO LOBO e FUNDAÇÃO CULTURSINTRA FP
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BIOGRAFIAS
Adérito Lopes (Lisboa, 1980) é ator e investigador, com doutoramento em Teatro pela Universidade do Algarve e pós-doutoramento em Ensino Artístico na ESTC. Formado pela Escola Profissional de Teatro de Cascais, iniciou a carreira em 2001 no Teatro Experimental de Cascais. Trabalhou com encenadores como Águeda Sena, Maria do Céu Guerra e Filipe La Féria. Desde 2008 é ator residente n’A Barraca e, em 2014, foi distinguido no FITA (Brasil) com o Prémio Especial do Júri.
Carla Madeira (Portugal) é atriz de teatro com percurso marcado por montagens experimentais e monólogos. Tem atuado regularmente em palcos de Lisboa e de todo o país, em projetos como NOITE: Homilia para um Perdão (2022), F de Fedra (2023–24) e O Pequeno Eyolf (2020). Colaborou com companhias como Corpo Santo, Teatro da Comuna e Teatro Taborda, destacando-se pela versatilidade e presença em cena.
Diana Sousa Lara é atriz portuguesa formada na Escola Profissional de Teatro de Cascais e na Escola Superior de Teatro e Cinema. Começou a carreira profissional aos 17 anos e tem trabalhado em várias produções de teatro e televisão. Já colaborou com companhias como o Teatro Experimental de Cascais e o Teatro Nacional D. Maria II. Recentemente, participou em A Última Dança (2024), um espetáculo que mistura teatro e dança.
Diego Fernando Montoya é dramaturgo, escritor e diretor teatral colombiano, baseado em Cali desde os anos 1980. Fundador do Teatro del Presagio e do Pasionaria Laboratorio Escénico, é conhecido pelo seu trabalho inovador e experimental. Suas peças foram apresentadas em vários países, incluindo Colômbia, Irlanda, Espanha e Estados Unidos. Recebeu prêmios importantes, como o Premio Gabriel Sijé (2008) e o Premio Nacional de Artes Escénicas (2019). Também foi professor na Faculdade de Teatro de Bellas Artes de Cali e editor da revista Papel Escena.
Ines von Bonhorst e Yuri Pirondi são artistas multidisciplinares e cineastas com uma carreira marcada por projetos inovadores nas áreas do cinema, performance e artes visuais. Fundadores do coletivo londrino Magma Collective, têm apresentado trabalhos em espaços renomados como o Barbican Centre, o Victoria & Albert Museum e o Sadler’s Wells Theatre. O seu trabalho combina cinema experimental e performance, explorando narrativas poéticas e sociais. Ambos foram distinguidos com vários prémios em festivais internacionais de cinema, destacando-se pela originalidade e impacto das suas obras.
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