CONCERTO “Cancioneiro Camoniano”

Apresentação pelo Maestro João Paulo Santos
Na Quinta da Regaleira
Sara Braga Simões, soprano
André Baleiro, barítono
João Paulo Santos, piano
Pelo V centenário do nascimento de Luís de Camões
Prosseguindo os concertos e recitais integrados no ciclo que, nesta temporada, celebra a genialidade de Camões, propõe-se um programa de canto e piano ilustrativo da diversidade da obra musical inspirada pela escrita do poeta.
Figura singular da nossa literatura, Luís de Camões conseguiu atrair, em todos os tempos, o consenso e a admiração de toda e qualquer geração.
As obras que iremos ouvir, permitem-nos tomar contacto com ambientes musicais e personalidades muito diversas, e podem levar-nos a reflexões sobre o nosso passado e o nosso presente cultural.
LUÍS DE FREITAS BRANCO (1890-1955)
A formosura desta fresca serra
Cá nesta Babilónia
FREDERICO DE FREITAS
A formosura desta fresca serra
JORGE CRONER DE VASCONCELLOS (1910-1974)
Três redondilhas:
- Descalça vai para fonte
- Pus meus olhos numa funda
- Na fonte está Leonor
ANGELO FRONDONI (1809-1891)
Luís de Camões (Palmeirim)
JOÃO ARROIO (1861-1930)
Amor, com a esperança já perdida
Sete anos de pastor Jacob servia
BERTA ALVES DE SOUSA (1906-1997)
Sete anos de pastor
JOLY BRAGA SANTOS (1924-1988)
3 sonetos:
- O céu, a terra, o vento sossegado
- Num bosque de ninfas se habitava
- Delgadas, claras águas do Mondego
JOSÉ VIANNA DA MOTTA (1868-1948)
Verdes são as hortas
FERNANDO LOPES-GRAÇA (1906-1994)
Aquela triste e leda madrugada
Alma minha gentil que te partiste
Oh, quanto se me alonga
Alegres campos
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Bilhetes à venda: Bilheteira da Quinta da Regaleira, regaleira.byblueticket.pt e nos postos de venda Blueticket
Duração: 60 minutos aprox.
Recomendado a M/6
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JOÃO PAULO SANTOS, piano
Nascido em Lisboa, concluiu o curso superior de piano no Conservatório Nacional desta cidade na classe de Adriano Jordão. Trabalhou ainda com Helena Costa, Joana Silva, Constança Capdeville, Lola Aragon e Elizabeth Grummer. Como bolseiro
da Fundação Gulbenkian, aperfeiçoou-se em Paris com Aldo Ciccolini (1979-84). Estreou-se na direção musical em 1990 com The bear (W. Walton), encenada por Luis Miguel Cintra. Dirigiu óperas para crianças, musicais, concertos e óperas nas
principais salas nacionais. Estreou em Portugal, entre outras, as óperas Renard (Stravinski), Hanjo (Hosokawa), Pollicino (Henze), Albert Herring (Britten), Neues vom Tage (Hindemith), Le vin herbé (Martin) e The English cat (Henze) e estreias
absolutas de obras de Chagas Rosa, Pinho Vargas, Eurico Carrapatoso e Clotilde Rosa. É responsável pela investigação, edição e interpretação de obras portuguesas dos séculos XIX e XX. A sua carreira atravessa os últimos 40 anos da história do Teatro Nacional de São Carlos, onde principiou como correpetidor e maestro titular do Coro, desempenhando atualmente as funções de diretor de Estudos Musicais e de coordenador da Comissão Artística do Teatro Nacional de São Carlos.
SARA BRAGA SIMÕES, soprano
A sua versatilidade leva-a aos principais teatros, salas de concerto e festivais de música portugueses. Em ópera, interpretou dezenas de papéis principais: Pamina (Die Zauberflöte), Rosina (Il barbiere di Siviglia), Adina (L’elisir d’amore), Gretel (Hänsel und Gretel), Susanna (Le nozze di Figaro), Zerlina (Don Giovanni), The Governess (The turn of the screw, Britten), entre outros. É frequentemente escolhida para a estreia absoluta de obras de compositores consagrados como João Pedro Oliveira, Nuno Côrte-Real, Pedro Amaral, Luís Tinoco, Carlos Azevedo e Aubert Lemeland. Foi dirigida por maestros como Laurence Cummings, Ton Koopman, Lawrence Renes, Martin André, Antonio Pirolli, Joana Carneiro, Marco Magalhães, João Paulo Santos, Pedro Neves, Rui Pinheiro, Ferreira Lobo, Cesário Costa, Pedro Amaral, Marc Tardue, entre outros.
ANDRÉ BALEIRO, barítono
Entre 2016 e 2021, André Baleiro venceu o Concurso Robert Schumann, o Concurso SWR Young Opera Stars, o prémio Talento Promissor do Concurso Das Lied em Heidelberg, o Concurso de Canto da Fundação Rotária Portuguesa, o 2.º
Prémio nos Concursos de Lied «Helmut Deutsch» em Viena e «Schubert e a música moderna» em Graz. Diplomou-se em canto na Universität der Künste Berlin nas classes do Kammersänger Siegfried Lorenz e dos pianistas Eric Schneider e
Axel Bauni. Foi bolseiro da Fundação Hamel, em Hanôver, e da Fundação Gulbenkian em Lisboa. Frequentou masterclasses com Tom Krause, Ian Bostridge, Lorenzo Regazzo e José van Dam. Atualmente, prossegue o seu aperfeiçoamento técnico e artístico com a professora Snežena Stamenkovic. Do seu repertório operático, destacam-se os papéis de Figaro (Il barbiere di Siviglia de Rossini), Tarquinius (The rape of Lucretia de
Britten) e Ned Keen (Peter Grimes de Britten), Valentin (Faust de Gounod), Orphée (Orphée de Philip Glass) e Pelléas (Pélleas et Mélisande de Debussy).
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Foto: Quinta da Regaleira, por Luis Duarte