TEATRO “Ñaque ou de piolhos e atores”

Pelo Teatro Tapa Furos
Na Quinta da Ribafria
"Caminhos demais.", afirma, com ponto final, Solano, comediante que os vai partilhando com Ríos, pés marcados por pedra e pó, comendo o pão que às vezes ninguém amassa. Vão ao Teatro, sempre, vez após vez. O Público espera, impaciente... quer novidade, bugigangas, humanidade! Humanidade?
O género é Ñaque, um de muitos que calcorreiam os tais "caminhos demais". Digladiam-se entre si e uns com os outros, deixam cama quente para os companheiros que se seguem, em qualquer estalagem semi-limpa, alguns restos de meia dose, oferenda esquecida no altar de um deus desconhecido.
São dois atores que se apresentam - Ríos e Solano, Solano e Ríos, um é outro e outro é um, palhaço rico e palhaço pobre, súmula de ser humano, procurando sentido(s) nisto tudo. Por que razão? Talvez para não serem esquecidos, pois o esquecimento é a derrota final. O Fim. O verdadeiro Fim.
Assim, este par de comediantes está aqui para nos cativar, para nos proporcionar um bom serão, a preço acessível, para dar que falar, eventualmente, durante o pequeno-almoço de sábado ou domingo... se calhar.
Se não nos esquecermos, entre as mil solicitações de qualquer rede social. Neste Mundo que é um palco. E, também nós, todos atores... cada um com seus piolhos. Impossíveis de amestrar!
Bilhetes à venda: Bilheteira da Quinta da Regaleira, no local 1 hora antes do espetáculo, regaleira.byblueticket.pt e nos postos de venda Blueticket
Duração: 70 minutos aprox.
Recomendado a M/12
Aconselha-se agasalho e calçado confortável
(espetáculo apenas em português)
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FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Texto Original: José Sanchis Sinisterra
Adaptação de texto e Encenação: Rui Mário
Música Original: Pedro Hilário
Interpretação: Francisco Sousa e Sérgio Moura Afonso
Figurinos: Sónia Marques e Xana Capela
Design Gráfico: Adriano Lopes
Adereços e cenários: Júlio Almas
Fotografia: Sérgio Santos
Apoio à Produção: Joana Rodrigues
Produção: Teatro TapaFuros
Promotor: Fundação Cultursintra FP
O Teatro Tapa Furos, fundado em 1990, com 35 anos de actividade ininterrupta em Sintra, tem desde sempre procurado a versatilidade que julga imprescindível face ao panorama cultural contemporâneo. O trabalho do colectivo marca-se por uma estratégia bem definida de sensibilização de públicos e da sua recepção, sendo as produções apresentadas na rua a prova dessa aposta, ao fazer com que os espectadores se sintam integrados nos seus espectáculos, participando como figurantes num jogo teatral que se pretende, antes de mais, comunicante – conforme sucedeu em vários locais como o largo fronteiro ao Palácio Nacional de Sintra, a Quinta da Regaleira, Biblioteca Municipal - Casa Mantero ou Parque da Liberdade e , mais recentemente, no igualmente prestigiado Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas.
O reconhecimento do trabalho do colectivo, por parte da edilidade Sintrense, teve um ponto de relevo com a atribuição da medalha de mérito municipal grau ouro.
Tem como parceira a Câmara Municipal de Sintra.